quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Moreno Babaca - Kill la Kill

Oi.
É 2015 e ainda vou continuar com a minha babaquice os meus reviews semanais, toda quinta-feira. Como sempre, encorajo a quem estiver lendo recomendar um anime/mangá para análise, seja ele bom ou muito ruim (eu prefiro muito ruim).
Dizendo isso, apresento-lhes um anime...hã...esquisito. Ou muito esperto.

Senhoras e senhores, Kill la Kill.


Alerta de Spoilers: Tem um ponto no anime onde tem um twist que muda alinhamentos de alguns personagens e pretendo citar alguma dessas partes. Para poupá-los de spoilers fortes a cor do texto será branca para camuflar o que está escrito.

Antes de mais nada…

Kill la Kill foi produzido por TRIGGER, estúdio que também produziu Little Witch Academia. O diretor do anime, Hiroyuki Imaishi, e o roteirista, Kazuki Nakashima, já trabalharam juntos em Gurren Lagann. Kill la Kill está disponível no Netflix e no Crunchyroll.

Que merda é essa?

O anime se passa na Academia Honnouji, no Japão. A escola é dominada por Satsuki Kiryuin, uma combinação de Beatrix Kiddo com Hitler, e sua Elite dos Quatro Maiores. O que faz eles tão especiais são os uniformes Goku, feitas de um material chamado Fibra de Vida, que dão aos usuários habilidades super humanas. E eu sei o que você está pensando, mas a palavra Goku (pelo menos nesse contexto) vem de gokusei que significa “ótima qualidade”.


Foi mal Goku

Anyway, acompanhamos Ryuko Matoi que está a procura do assassino de seu pai. A única pista é a espada que ela tem em formato da metade de uma tesoura, sendo que o assassino tem a outra metade. Ryuko se transfere para a Academia Honnouji e lá conhece Mako, a.k.a. a melhor coisa nesse anime ever, e desafia Satsuki para obter respostas. Depois de alguns “shenanigans”, Ryuko descobre o Senketsu, um uniforme de marinheiro vivo com as mesmas propriedades dos uniformes Goku, criado pelo seu pai.
Agora, Ryuko deve derrotar Satsuki e sua Elite e revelar a identidade do assassino. Ou não, dependendo do episódio que você está.

Então…

É UM ANIME COMÉDIA DE PARÓDIA. Pronto, eu te poupei vários parágrafos meus tentando dissecar a animação. 
Honestamente acho que essa é a interpretação que os criadores tentaram passar, ou pelo menos foi assim que eu entendi. Porque estou dizendo isso? Vamos ver, temos transformações demoradas e repetidas de Sailor Moon, formas variadas dos uniformes de Kamen Rider, batalhas frenéticas de Dragon Ball Z (só que bem mais animada), classes, sub-classes e formatos de espada esquisitos de Bleach, história totalmente insana e sem sentido como qualquer anime dos anos 90, ecchi e fan-service totalmente desnecessários (lembrando que esses são os criadores de Gurren Lagann), e litros e mais litros de ADRENALINA PURA.
Não consegui levar nada a sério, e me pegava rindo bastante das situações e das piadas. O anime consegue brincar com o clichê e, ao mesmo tempo, criar algo novo. É bem impressionante.

A história fica mais e mais absurda conforme os episódios vão passando, então não vou perder muito tempo tentando lhe explicar e vou pular para outro fator importante do anime, os personagens.  E se não ficou claro, eu não gostei tanto assim de Kill la Kill e vou explicar porque em cada tópico.

Ryuko Matoi é sua protagonista padrão com um objetivo clichê. Não ficamos sabendo da sua relação com seu pai, o foco principal de sua missão, até um pouco mais tarde e mesmo assim, eu não consegui me importar com ela at all. Eu sei que personagens principais começam mesmo sem muita personalidade, mas pra alguém que passou por tanta coisa, não consigo descrevê-la além do que ela veste e como o cabelo dela é. E isso é bem ruim.
Pra ser justo, a relação dela com o Senketsu é bem construído, mas não é nada de mais. Ah, e sim, a roupa dela fala.
Satsuki Kiryuin é a vilã criada só pelo propósito dela ser odiada. No momento em que eu a vi, virei e disse: que mulher desgraçada. Só que perto do final (spoilers) Satsuki na verdade sempre foi "do bem", a academia era só uma fachada para conseguir trair sua mãe (spoilers) e mesmo assim eu continuo a odiando. Isso porque, de tantas formas do plano dela ter sido executada melhor, ela consegue pegar provavelmente a pior opção de todas. É difícil gostar de uma personagem tão odiável depois de um twist desses. Não só isso, mas eu não compro a filosofia dela de "Fear is freedom".










Mas se todos os personagens fossem ruins, esse review provavelmente não existiria, então aqui vai duas personagens que marcaram Kill la Kill pra mim:

oh gee
Ragyo Kiryuin é revelada como a vilã por trás de toda essa trama e por Deus, eu adorei essa personagem. Não da forma bíblica que você pode estar pensando, mas o Kakyoin dentro de mim a aprova.
A razão da qual eu gosto dela tanto é porque ela é pura maldade e adora ser assim. O jeito que ela se move e se veste, o tom da sua voz, o estranho fetiche que ela tem pela filha…actually, aquilo foi bem esquisito e desconfortável, mas mesmo assim, ela é demais. Não só isso, mas mais tarde (spoiler)ela senta a porrada na Satsuki(spoiler) e qualquer um que faça isso tem um lugar no meu coração.


Mako. Só Mako.
Jesus Cristo, ela é engraçada. Sua personalidade energética e as piadas executadas através dela me lembra muito a Arale de Dr. Slump, meu mangá favorito de comédia. Sério, desde o primeiro episódio ela não deixa de me fazer rir. Aliás, se o anime fosse só sobre ela naquele uniforme de Jotaro, Kill la Kill ia ser 10/10.

Huh.
Outro importantíssimo fator é a música. A maioria do soundtrack são canções com letras, e algumas delas são em outras línguas. E eu posso dizer agora, Kill la Kill tem uma dos melhores músicas em animes que eu já ouvi. Não só isso, mas a maioria dos personagens tem seu próprio tema, o que não é nada novo, eu só acho meio raro ultimamente. 


E aqui vai uma opinião polêmica, eu não gosto tanto assim de “Don’t lose your way”. Essa música, que é o tema da Ryuko BTW, toca toda vez que ela está pra derrotar seu oponente e é bem épica. Mas quando você está fazendo maratona do anime, a música começa a ficar beeem mundana. Tem até um episódio que a música toca umas 3 vezes seguidas, ai fica muito forçado.
Mas sabe qual música não cansa?

;
Infelizmente, Ragyo aparece muito pouco em Kill la Kill, mas essa é uma das razões que o tema dela faz uma ótima impressão. E o cabelo dela é literalmente um arco-íris! Até a Lady Gaga ficaria com inveja.
Ok, eu tenho que parar de falar tanto da Ragyo.

O último tópico que vou discutir aqui é a animação.







É a definição de frenético. A qualidade das cenas de batalhas, na questão de direção e animação, são muito, MUITO bem feitas. As pessoas que trabalharam em Kill la Kill com certeza gostaram muito de ter feito os episódios, porque cada luta parece algo que saiu da cabeça de uma criança que teve uma overdose de doce com coca-cola depois de ter assistido Dragon Ball Z. E as cenas que não são lutas, são mais insanas ainda. Essa é basicamente a forma que o anime achou pra prender a atenção do espectador.

Você deve assistir isso?

Definitivamente. Acho que Kill la Kill consegue até impressionar pessoas que não assistem animes com frequência. Apesar de eu ter problemas com história e os personagens, acabei tomando a história como uma comédia e meio que deixei passar algumas coisas por causa disso. Assim, é um anime onde roupas te dão poderes e a protagonista usa parte de uma tesoura como espada, não tem como levar a sério.
Kill la Kill fica com 7/10.

Tchau.

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