RH Adventures: A Merda dos Banheiros

Opa molecagem vadia, tudo brasa?

Pois olhe só, finalmente saí da toca de preguiça, videogame e trabalho onde estive escondido por quase duas semanas. E só pra vir falar do meu trampo, que egocêntrico não?

Mas vocês gostam, dá IBOPE e a gente continua, sendo assim.

AH, claro: curtiram a nova atração do blog? Pois é, eu tenho um faro para encontrar estrelas ofuscadas que precisam de uma atenção especial, um momento para brilhar. Próximo passo é fazer um vlog estilo gameshow com Chiquinho e Rodolfo. Vai se chamar "Na Lama da Fama" e vai dar espaço para várias ex-celebridades voltarem aos holofotes.

Estaria com ciúmes se não estivesse, você sabe, morto.

Brincadeiras à parte, parabéns para meus novos irmãos de blog que carinhosamente posso chamar de "Nickezini", e que eles possam ficar muito tempo conosco, sem pedir salário e entregando posts toda semana como diz nosso contrato de servidão.

MASENTÃO. Quero falar (que é um código-morse para "reclamar") da minha relação com os sanitários desta instituição na qual trabalho.

Antes, a clássica foto de um escritório, só pra contextualizar.

Então, vamos explicar a situação do meu andar. Existem 4 banheiros aqui no RH (Recursos Hilários). Três desses banheiros ficam dentro do setor de fato, sendo dois banheiros com sexo definido e um extra para deficientes/mulheres bonitas que querem privacidade para ejetar seus resíduos. Tirando o sanitário das gostosas, os banheiros são aqueles coletivos, com várias cabines, pias, você sabe, o clássico banheiro de lugares públicos.

O quarto banheiro é a jóia da nossa coroa em forma de tampa de privada, mas para seu valor ser melhor compreendido, precisamos entender seus outros 3 irmãos mais nojentos.

Incrível que esta imagem realmente exista

Então, banheiros públicos. Vou testemunhar pelo meu partido, o dos homens. Aqui, posso até dizer que o banheiro POR SI SÓ é bem agradável. Mictórios com divisórias (nada de espiar o carro alegórico da escola de samba do lado), portas com trancas, assentos confortáveis, vedação contra o escape de sons indesejados. É um banheiro maneiro, mas que, na prática, as vezes vira um terror. Isso porquê duas coisas simplesmente não podiam se juntar: fezes e pastas de dente. O andar tem sua copa, onde, oras, as pessoas comem. E se pessoas comem aqui, obviamente defecarão e escovarão seus dentes também. O foda é quando esses dois momentos se cruzam. Já perdi a conta de quantas vezes entrei no cômodo de Lúcifer e encontrei um servidor agoniante enquanto escova seus dentes ao belo cheiro de carne digerida/expelida.

Sério, não existe coisa pior. Acho essa uma mancada ao nível de chutar algum rapaz no saco, ou de abandonar um lobby de jogo online quando já estava tudo pronto para começar. Você já parou pra pensar em como deve ser a sensação de escovar os seus dentes quando o seu cérebro está gritando: "ALGUÉM CAGOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOU"?

Seu cérebro quer pensar na piscina onde todas as pastas de dentes são feitas. Quer pensar em sorrisos, folhas de hortelã caindo sobre um lago, em uma equipe de reportagem feita de dentistas. Mas tudo que consegue vir á mente, com força e sem freio, é o cheiro podre de adubo humano.

Só curti a frase mesmo

Mas relaxa, o pior mesmo é quando a pessoa que cagou sai de sua cabine e dá de cara com outra pessoa. Se o cheiro do recinto estiver intragável, como sempre está em uma situação dessas, o clima vai ser O PIOR POSSÍVEL. É definitivamente o pior diálogo que você terá em toda sua existência. Dois seres que querem fugir do óbvio, que é o cheiro de carniça temperada, enquanto conversam e fingem como se o mundo fosse colorido e o Ned não tivesse morrido de maneira tão idiota.

Isso sem falar de problemas menores, mas não menos constrangedores, como peidar alto, respingar mijo (que você sempre precisa falar que é água) na calça, perceber que alguém entrou na cabine faz um belo tempo e que, no entanto, nenhum aroma fecal foi sentido, o que indica que ou você está gripado ou o indivíduo está se masturbando como um condenado.

E para sanar a maioria desses problemas, existe justamente o 4º Banheiro, a pérola do andar. Já começa que ele é individual, então cortamos aí uma bela parcela de problemas recorrentes anteriormente citadas. E por ser ali do lado de fora, no hall do andar, não importa o cheiro ou som que faça, estará longe de todos os outros seres. Sem contar que, por ser um banheiro menor, é muito mais fácil e frequente de ser limpado, o que indica que quase todas as vezes que tu for usá-lo, ele estará cheiroso e lindo.

A ESTRUTURA do banheiro é tipo essa.

Só que assim como toda caixa de bombom tem seu Prestígio, nosso perolado e amado banheiro individual também sofre com algo bem grave.

Existe, obviamente, uma empresa terceirizada que limpa o prédio por completo. Em todos os andares, existe uma salinha onde ficam armazenados todos os produtos de limpeza necessários para esses auxiliares, além de um tanque, armário, equipamentos e tal. Até aí tudo bem, até acho que seja pequeno demais para tantos funcionários. O problema real é que, na logística chinesa de quem projetou esta merda de edifício, faz TODO o sentido deixar a sala mais limpa de todo o andar exatamente do LADO, GRUDADO, COLADO ao banheiro-rei. O que isso implica?

Primeiro que, não bastasse a parede fina que divide produtos cheirosos de limpeza e merda processada, o engenheiro (nem sei se é ele que faz isso) decidiu colocar uma saída de ar...ENTRE OS DOIS CÔMODOS.

Como assim? Oras, tá bem fácil de entender: tem um BURACO na parede, tampado por uma singela janela de metal toda fechada. PORÉM, a mesma não impede a fragrância de cu sujo de viajar para o cômodo do lado, muito menos o som de um arroto anal.

Eu nem posso reclamar dos Auxiliares de Limpeza, mesmo porque eu acho o resultado do trabalho deles o mais eficiente de todo o setor. Sério, é incrível como estas pessoas transformam, em segundos, um lugar batizado pelo enxofre nauseante de merda humana em um oásis de lavanda e flora.

O número de imagens aleatórias está ABSURDO neste post. Aqui, por exemplo, temos um narguilé com essência de coliformes, provando que esta prática é, realmente, uma merda

Não sei que tipo de pecado as "moças da limpeza" fizeram nas vidas passadas para terem que trabalhar do lado de um banheiro, mas elas também não são inocentes ao todo. Elas tem a capacidade de, contrariando qualquer bom senso, fazer reuniões EM FRENTE AO SANITÁRIO DOS REIS. Cara, eu sei que meu cocô fede, eu sei que alguém uma hora vai ter que entrar ali pra limpar e tirar esse cheiro, mas será que eu realmente preciso ser julgado assim que saio de lá?

Quer dizer, assim que eu abro a porta, dou de cara com uma convenção de tias da limpeza, todas fofocando sobre, sei lá, A Diarista. E obviamente essas mesmas tias sentem o cheiro escatológico que deixei na salinha atrás de mim. Pior quando se está lá dentro, em seu momento budista de concentração pra não acertar a água em cheio e levar um gêiser de água sanitária direto no reto, e as tias lá fora começam a conversar alto. E aí você começa a imaginar coisas, como ouvir que elas estão falando de você, que estão comentando sobre o cheiro, que vão precisar de mais duas garrafas de cândida pra tirar o cocô empedrado que tu deixou na porcelana.

PORRA, TÁ TUDO ERRADO.