segunda-feira, 7 de outubro de 2013

OFF ZUEIRA: O Curioso Caso de Adler Ferreira

Olá galera. 

Obrigado por terem vindo.

Bem, no post temático de hoje, quero falar de um problema que tenho certeza que aflige muitos jovens: a política.

POLÍTICA. Fria e estranha de uma forma engraçadinha. É assim que a palavra soa para mim. Talvez um reflexo do significado por trás dela, talvez uma ignorância minha em achar que ela se resume à só isso.

De qualquer forma, não é algo fácil e nem agradável de se escrever e/ou ler. Mas peço que leiam esse post, pois é sobre essa nossa dificuldade em nos aproximarmos desse tema que o post se trata.


Afinal, tu se interessa de alguma forma por política?


Eu respondo por você, sendo bem sincero e consciente: não. Eu nunca me interessei/entendi essa palavra e seu poder. Até os 17 anos eu podia não entender ela. Aos 18, não

Eu tive contato com esse bicho de sete cabeças quando o horário eleitoral me impedia de assistir, sei lá, Da Cor do Pecado. Quando eu passava sem querer pelos canais abertos e notava o mesmo programa em todos. Eu tentei assistir UMA vez, nessa fase de 8 anos. No fim, entendi que um tal de Lula era presidente, por mais que eu gostasse da aparência gentil do tal do Serra (eu nunca tive avô, então me apego fácil à senhores com essa aparência).

Anos se passariam e meu conhecimento se resumiria em: Serra e Alckimin são legais porque eles usam terno e, o último, usa óculos. O PT é nojento porque sim. Quércia é um nome mais estranho que o meu. PCO é um partido de pessoas que não tem terno.

Só nesses últimos anos que eu fui forçado (não por ninguém, mas pelo meu bom-senso) a entender os políticos e assumir critérios mais sérios para a escolha do meu candidato.

Na última votação, fui de Soninha para prefeita. Eu sempre gostei da propaganda dela, de como ela cortava toda a balela, toda a bajulação, todo o culto de personalidade para falar abertamente sobre os problemas da cidade. Fui certo? Não sei, meu voto passou de ser baseado em aparência para se basear em discurso de propaganda. De certa forma, não mudou muito.

E aí eu te pergunto, companheiro de 18 anos de idade: como eu escolho alguém em quem votar?

Não é tão fácil como os moralistas pregam. Não é só vendo jornal não (afinal, segundo os mesmos moralistas, a mídia não distorce coisas e se deixa levar pelo Governo?). Não é assistindo TV Senado (for real? pra eu entender política sou obrigado à ver senhores usando termos cada vez mais complexos?). Não é vendo CQC (que, por favor, já teve seus dias né).

Não, companheirada. Nada disso vai me dar nenhuma base fixa para escolher meu candidato. A mídia é e sempre será sujeita à censura e agrados. O Senado, suas regras, seus partidos, seus termos, suas coligações, suas bancadas, seus congressos, seus candidatos, suas promessas, suas melhorias, suas mancadas, seus roubos.

PUTA QUER PARIU VELHO, olha a trojobada de coisa que eu preciso aprender e organizar na minha mente SOZINHO.

Exato, porque esse é o ponto: isso não nos é passado por ninguém. Pelos pais nem deveria ser, uma vez que eles na maioria das vezes vão embutir em você os valores DELES, e não os valores neutros.

Digo de ser passado na escola mesmo. Uma aula que te explica o que são todos esses termos, todas essas cores, todos esses lados, e porque tudo isso importa pra sua vida.


É meio clichê dizer isso, mas parece mesmo que quem organiza a pauta de matérias à serem ensinadas nas escolas no Brasil tá pouco se fodendo para a politicagem dessas crianças. Fazendo 2+2, podemos concluir que quanto menos politizado for o povo, mais maleável será ele.

E não é? Olha eu aqui, votando na moça que parece jovem e tem um papo legal. Ainda gosto dela, mas tenho noção de que meu critério é o mais babaca do mundo. E eu tenho o poder de mudar o Governo! Olha a responsabilidade colocada em cima de algo que eu nem sei fazer direito.

Digo tudo isso porque vi uma matéria falando que, para 2014, 40% da população nem sabe em quem vai votar ainda.

Na mesma matéria eu descobri quem são os candidatos, você veja só. E, ainda to na mesma.

Tem petista, tem tucano, tem gente de quem nunca ouvi falar e tem o forever-loser. Em quem eu voto?

Em quem roubou menos? Em quem promete mais? Em quem foi MENOS sujo?

Não faço ideia, simplesmente. E isso é triste. Eu queria muito entender de forma bem simples a política. Mas não dá. Ninguém que se candidata é limpo, fez algo de útil para o país e tem um bom plano de governo.


No fim, vai ser na base da aparência+discurso mesmo. Pelo menos vou tentar ver os debates, pra concluir, novamente, que todo mundo é sujo.

Apenas o desabafo despolitizado de um jovem.

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