sexta-feira, 28 de março de 2014

Top 5 - Momentos Onde Quase Chorei

Saudações vesuvianas meus indomáveis.

Hoje é sexta, isso é óbvio se você tem celular, e está na hora de cumprir um pedido de TOP 5 bem antigo. Hoje, ranquearei os 5 momentos de minha vida (se tratando de obras de entretenimento) onde eu POR POUQUÍSSIMO não chorei igual um babaca. Não chorei porque, well, eu não choro. Já falei disso aqui, é uma coisa chata que não queria que acontecesse mas infelizmente as lágrimas não vem.

MAS já cheguei bem perto várias vezes, e elas estão aqui pra você se deliciar. AGORA, eu preciso atentar para algo extremamente óbvio neste TOP 5:

TEREMOS SPOILERS

Do quê, você pergunta. Pois bem teremos aqui spoilers DE:

Naruto Shippuden, Breaking Bad, Toy Story 3, The Last of Us, Meninas Super Poderosas (não considero spoiler mas ok) e Batman (nos quadrinhos atuais).

ENTÃO se você não quer levar essas spoiladas malucas, se retire do post imediatamente e entregue seu crachá para a segurança lá no térreo. Já você que OU conhece todas essas obras ou tá cagando pra isso, sente-se e aproveite o bom vinho. Simbora.
5° Lugar - As Meninas Super Poderosas


O Cartoon Network é o melhor canal infantil de todos, isto já está claro e bem visível à todos. Um beijo pra falecida Fox Kids. Enfim, esse canal me proporcionou muitas alegrias, e muitas tristezas também. E se existe um desenho que mais reúne momentos FODAS e completamente tristes, ele é As Meninas Super Poderosas, feito pelas incríveis mãos e mentes de Craig McCraken e Genndy Tartakovsky.

Não sei se vão lembrar, mas em um dos incríveis episódios desse desenho, as Meninas decidem criar uma irmã! Elas pegam todos os ingredientes que foram usados na criação delas mesmas e adicionam o Elemento X. Acontece que elas mudaram os ingredientes para uns parecidos, como adoçante no lugar de açúcar, terra com minhocas no lugar de tempero e um monte de merda que elas achavam "tudo que há de bom". Assim, nasceu esse corcunda escarrado e cuspido por Baphomet em um dia de calor chamado Akemi Matsuda, mas preferiram a chamar de Bunny

Retardada e defeituosa, ela se junta às suas irmãs no combate ao crime, mas, por se vestir de Lolita debaixo do Sol de São Paulo, ela é mongoloide e acaba atacando policiais. As Meninas dão uma bronca nela e a mesma foge triste. Aí que o bicho pega (dublagem anos 80) e os criminosos da cidade armam uma emboscada para as Meninas, e essas apanham como se fossem merda.

O grito delas alcança a Bunny, que voa para defender suas irmãs. Ela chega, dá um cacete em todos (provando ser muito mais forte que as 3 piranhas) e comemora. Mas toda essa turbulência e o fato dela ser um defeito de fabricação cria uma instabilidade em seu corpo, que começa a tremer inteiro. Com sua cara de "queria ter nascido uma boneca", Bunny encara a tela enquanto explode. Explode mesmo, uma esfera enorme de energia. No final, as Meninas acordam e se perguntam onde estaria sua irmã lolita, e descobrem que a mesma MORREU EXPLODIDA quando um pedaço da roupa dela cai em seus colos. Fim do episódio, com uma música extremamente depressiva. Até o locutor, que é meu personagem favorito do desenho, está triste e nem consegue terminar de narrar o fim.

VELHO, É UM DESENHO PRA CRIANÇAS D:


Nunca imaginei que explodiriam uma protagonista assim tão fácil. E olha que ela nunca mais voltou. Porra, se isso não é triste, vá matar gatos.

Link do episódio em inglês (porra, perdão, mas só tem isso)

4° Lugar - Batman e Robin



E então. É uma coisa não tão conhecida pelo público em geral mas o Batman tem um filho, e ele é um Robin. Damian Wayne é filho dele com a Talia Al Ghul, filha de Ra's Al Ghul, mais conhecido como Liam Neeson.

Nosso garoto pimpão é, muito provavelmente, o Robin mais foda que já existiu, e basicamente por que ele teve todo o treinamento do Batman antes de ter 10 anos (chute básico). Então além de se virar muito bem sozinho, muitas vezes Damian chega a ser melhor até mesmo do que seu pai.

Mas foda-se tudo isso né? NÉ GRANT MORRISON?!?!

Acontece que, na revista BATMAN INCORPORATED, Batman e sua corporação de heróis mascarados estão enfrentando Talia e toda sua rede criminosa. Isso fica mais foda quando um clone super bombado e adulto do Damian aparece vestido de Batman-Bin Laden e começa a destroçar todo mundo. O Robin chega, enfrenta o clone babaca e, olha só, morre.



Sinceramente, não consegui ficar triste com isso NESSE quadrinho. Respeito o Morrison e os traços do Chris Burnham, apesar de eu curtir, são horríveis para esses momentos trágicos. Então veio um dos meus desenhistas favoritos, Patrick Gleason, ao lado de um antigo companheiro e também querido, Peter J. Tomasi, e entregaram a edição #18 de Batman and Robin. E essa revista tem tudo que falou na morte fria do Damian. Não existem diálogos nem falas nessa edição, tudo se resume à cenas silenciosas de como a Família Batman recebeu essa notícia. Alfred chorando por ter sido, em parte, culpado por ter deixado Damian sair da caverna naquela noite. Bruce puto com tudo mas silencioso, correndo atrás dos bandidos. Porra, em UMA noite ele LOTA o telhado do Departamento de Polícia com todos os bandidos que achou soltos por aí.



E depois de uma noite remoendo seu ódio e arrependimento enquanto caça todos os bandidos de Gotham, Bruce finalmente volta para a caverna e encontra uma carta deixada por Robin antes desse partir para a missão que o matou. Todo o silêncio e sua seriedade treinada por anos se esvaem e ele explode, quebra tudo e, no fim, se agarra à única coisa que sobrou de seu filho, que é seu uniforme. Sem palavras, esse quadrinho me detonou e me arrepiado de lê-lo até hoje. Ainda tem gente boa na DC.


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3° Lugar - The Last Of Us


2013 veio com muito jogo bom. Inclusive, os últimos anos tem sido os melhores para os games, diga-se de passagem. E um desses jogos incríveis com certeza é The Last of Us. Espero do fundo de meu âmago que você conheça, nem se for só de nome.

Pois bem, esse é um dos mais belos e mais bem escritos jogos já feitos. É roteiro de cinema, com cenas e ambientação dignas de blockbusters. E basicamente a história aqui é a de qualquer Apocalipse Zumbi. Só que mais científico e original, se podemos dizer. O jogo todo se passa uns 20 anos no futuro, quando já tá tudo fudido, milícias e rebeldes lutam por suprimentos enquanto os infectados crescem em número. Nosso protagonista é o Joel, e o mais foda é saber, durante o jogo todo, do passado dele. A primeira fase do game, que serve mais como prólogo, se passa nos nossos dias atuais, antes de tudo acontecer. Por um belo tempinho, controlamos a Sarah, filha do Joel. Ela representa o quão a humanidade é frágil perante a catástrofe. E depois de uma jornada fugindo de tantos infectados, ela acaba sendo morta por um humano e pelo sentimento de medo que agora fazia parte do cotidiano das pessoas.

Eu não esperava por isso.

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2° Lugar - Breaking Bad


Sabe aquela coisa de odiar tomar spoilers para evitar uma surpresa? Então, essa aqui é a verdadeira prova de que uma morte inesperada pode acabar com o seu dia.

Seguinte: eu, infelizmente, acabei descobrindo a morte do Gus antes do tempo. Foi uma infelicidade, pois essa morte é o ponto alto da 4ª Temporada, a melhor de todas na minha opinião. Representa a vitória do Walter, a explosão de todos os seus problemas (junto com o Tío, que eu não sabia que também morria e, assim, me fez uma surpresa).

Mas "Ozymandias", o antepenúltimo episódio de Breaking Bad, não existe. O clima dele, do começo impactante que você viu aí em cima até seus últimos segundos são a mais pura melancolia. Derrota.

É sério, eu assisti esse episódio sem saber nada, e no dia seguinte eu estava destruído. Sem ânimo mesmo para fazer as coisas.

E é por isso que eu defendo com unhas e dentes que SPOILERS NÃO SÃO POUCA COISA. É um tipo de ataque completamente covarde, pois você tira PRA SEMPRE da pessoa aquela surpresa única. Aquele momento que o diretor trabalhou tanto para que impactasse as pessoas. Porra, O HANK CARA!

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1° Lugar - Toy Story 3


Aqui, no entanto meus colegas, eu preciso admitir que tomar "spoilers" ajudou em muito na experiência.

E porquê: eu conversava com um amigo, faz uns anos, que Toy Story era uma das minhas franquias favoritas de filmes. Top 3 filmes favoritos da vida mesmo. E eis que ele me pergunta se eu vi o 3. Pois, olha só, eu não vi. E foi um belo pecado da minha parte, eu caguei completamente pra exibição do filme. Pra ser mais sincero ainda, eu nem liguei quando vi a notícia. Sei lá, eu não curtia TANTO assim o 2, então era difícil me empolgar.

ATÉ que este senhor filha da puta chamado Leonardo me fala que, no final do terceiro filme, os brinquedos estão no lixão e eles MORREM no fogo. Oras, eu ri da cara dele. COMO os brinquedos iriam pra um lixão do nada? Que tipo de filme infantil era esse onde os protagonistas não só morriam, mas morriam QUEIMADOS VIVOS. Mandei ele ir se foder e ignorei isso da minha vida, ou pelo menos tentei.

Acontece que, em uma outra época mais pra frente, quando minha mãe cuidava de um mini chimpanzé em casa conhecido como criança mimada, ela comprava muito DVD pirata pra ele assistir e se aquietar. Um dia ela comprou Toy Story 3, e eu pensei: por que não?

Comecei a assistir e gostei bastante. A Jesse não estava mais tão irritante quanto no 2. O clima era mais legal, a proposta MUITO mais criativa. Um filmão. E eis que os bonecos caem no lixo.

EPA

Um flash apitou na cabeça e todas a lembrança do spoiler que meu jegue amigo me passou vieram. Mas, não podia ser. Não fazia sentido. E conforme o filme ia avançando, tudo levava a acreditar que aquele maluco estava CERTO!

Eu fiquei apavorado. Ainda mais quando, tcharan, estão todos eles em um bolo de lixo sendo levados para a fornalha. E não tinha mais Slink pra se pendurar e salvar eles. Ou Buzz e o seu "cair com estilo". Estavam todos ali, presos, de mãos dadas, olhando pro fogo e aceitando o seu destino.

Naquele momento, eu acredito que morri. EU morri. Não, eles realmente tiveram a coragem de queimar a minha infância perante os meus olhos nus. Não. NÃO. NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO!

E eis que aquelas merdas de aliens juntam anos de miséria e FINALMENTE fazem algo de útil, salvando os brinquedos. Meu cu parou de morder a cueca e minhas mãos soltaram meus cabelos. Estava tudo bem.

E O FINAL, meu amigo, esse sim arrebentou. Os brinquedos sendo passados para a nova dona. O Andy, no alto de seus 19 anos, brincando uma última vez com seus amigos. Poxa, aquilo mexe muito comigo pois também tenho meus bonecos e os amo. No final, Woody dá tchau pro seu melhor amigo e PUTA MERDA, eu estava arrepiadaço. Como queria ter a capacidade de chorar fácil para ter coroado esse momento.

(NÃO TEM VERSÃO COM AS FALAS NO YOUTUBE, DEPOIS ASSISTE NO NETFLIX SEM ESSE PIANO TRISTE NO FUNDO)


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BÔNUS - Naruto Shippuden


Então, vocês sabem, eu sou um pseudo-otaku. Falo pseudo porque acho esse nome bem babaca, tendo em vista quem se auto intitula assim. No entanto, não posso negar que amo animes e mangás e que os considero tão bons e importantes quanto qualquer outra obra. E eis que temos Naruto, esse mangá/anime tão amado e famoso. É o top of mind de animes aqui no Brasil. Apesar de várias críticas que tenho com o andamento atual da obra, não me esqueço de todos os momentos extremamente tristes e bem feitos que a série me mostrou.

E falo da parte Shippuden mesmo, onde todos estão adolescentes e agora precisam lidar com, adivinhem, a MORTE. E não a morte chata de pessoas velhas, como o óbvio Sandaime ou os buchas Zaku, Dosu, Kin, Tuberculoso. Estou falando de personagens grandes, importantes, que fazem falta.

E QUEM FAZ MAIS FALTA do que o Ero-Sensei? Porra, o Jiraiya é o Hank do Naruto. Ele traz a atenção para si como um cara extremamente habilidoso, inteligente, bom de coração, mas que tem sua personalidade, suas graças. Nesse arco do País da Chuva, o personagem é imensamente desenvolvido. Vemos grandes partes de seu passado com os três órfãos que treinou. Conhecemos a sua busca pelo ninja salvador, aquele que vai salvar o mundo usando o ninjutsu. Tudo isso e muito mais, como a mega foda batalha contra os 6 Pains. Foi um momento triste, que eu já sabia (mais uma vez), mas não diminuiu o impacto. Ainda mais quando a notícia chega ao Naruto e vemos o rapaz chorar pela primeira vez em séculos. Sério, esse moleque já sofreu pra cacete, e depois de tudo isso ainda perde aquele que mais o apoiava. São cenas tristes.

Tão tristes quanto a morte de Asuma, que tem o mesmo impacto e dinâmica que a de Jiraiya. Ou a morte de Chiyo-baa. O reencontro melancólico com Sasuke. A morte de Kakashi, Shizune e vários ninjas na Invasão do Pain. O autor sabe fazer momentos de impacto, e a obra, como um todo, merece sua menção honrosa aqui, por todos os anos e cenas que gravou em minha cabeça.

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